22 de novembro de 2014

Cadernos da Alma - Balança

------->20 Novembro 2014<-------
Os meus Cadernos sentiram a minha falta
Já não escrevia a alguns dias
Isso pode ser bom sinal, não se preocupem
Erguer a cabeça nem sempre é tarefa fácil
Mas por vezes há uma necessidade
Que nasce e nem nós sabemos de onde

Todos os anos no fim de Dezembro
Ao brindarmos, pensamos inevitavelmente
Que o ano que entra vai ser melhor que o anterior
E juramos pra nós próprios em silencio
Ser pessoas melhores e concretizar
Os nossos sonhos, mesmo aqueles
Cheios de pó da gaveta mais velha da infância
Eu penso, pelo menos…

Este ano foi um ano difícil, foi um ano de lutas e lutos
Mudança talvez seja a palavra que engloba tudo isso
Porque na realidade foi o que aconteceu
Eu mudei, não sei se para melhor
Espero ter aprendido a lição
Que esta dura vida nos quer ensinar

Balança-CA

14 de novembro de 2014

Cadernos da Alma - Queimar

------->13 Novembro 2014<-------
Chega aquele dia
Que fazes uma retrospecção
O balanço de tudo o que te aconteceu
E todos nós já nos sentimos...
Assim um dia. Assim perdidos
E ainda bem que nos perdemos
Para nos encontrarmos
Vamos coleccionando vitorias
E arquivando derrotas
Essas folhas de linhas em fogo
Aprendes o que é queimar e cicatrizar.

Queimar-CA

10 de novembro de 2014

Cadernos da Alma - Borgonha

------->24 Julho 2012<-------
E esse olhar azul. Que das profundezas provem
Mar profundo e sombrio que mudas como o vento
Sou esse olho azul que guarne essa sombria imensidão
Sou espelhos confusos, da união da mesma prata.
Sou a dor de um dois e a alegria de um nove
Que unem laços familiares em distintas amarguras
Sou a solidão e preocupação de uma armadura oca
Corrompidos pelo amor frio, distantes e amargos sabores
De uma cor sóbria borgonha que me enoja o pensamento

De vícios não admitidos esbofeteando o meu olhar.

Borgonha-CA



1 de novembro de 2014

Cadernos da Alma - Descansa em Paz

------->1 Novembro 2014<-------
Mais um mês começa
Mais umas linhas
Nestes meus Cadernos
Na realidade este ano
É um ano de mudança
Muita coisa mudou
Muito luto se iniciou
Lutos internos e externos
Metas, derrotas...conquistas
E no final, como nos filmes
Acaba tudo bem.


Explicações não valem
Para quem não as merece
E por hoje ser o dia dos “mortos”
Acho que é um dia apropriado
Para enterrar!


Enterrar pensamentos ruins
Enterrar pessoas mortas dentro de si
Em tempos o drama faria parte das minhas linhas
Mas hoje não, hoje eu não me enterro, eu não me vendo
Eu sou livre, independente!
Sei sorrir perante o que julgam ser minhas derrotas
Na verdade eu ressuscitei, e deixei quem quis ficar enterrado
Quando quiseres sair dessa lápide à qual estás agarrado
Estarei aqui, viva, para te estender a mão.
Até lá, descansa em paz.