Pois bem, queria escrever e despejar para o papel aquilo que
me assusta, aquilo que me magoa, não gosto de ser transparente, para os meus cadernos
continuarem a ter o seu mistério, ter a minha essência, que quer vocês queiram
quer não é minha, sou eu. São pedaços do meu caminho! E ninguém tem nada com
isso.
Tenho medo no peito e a angústia de anos, tenho dor da tua ausência,
tenho ausência da tua dor e tenho porque eu sou isto e não vou disfarçar porque
não tenho de dar satisfações da minha vida a ninguém. E se hoje a minha alma
chora, deixem-na chorar… sempre ouvi dizer que chorar alivia e assim choro
letras paras as linhas do meu caderno. Num texto denso e desorganizado, numa
dor angustiante.
Mirts in Caderos da Alma