8 de agosto de 2016

Cadernos da Alma – Infinito fim

-------> Algures em 2016<-------
Com muitas lágrimas

Com muita saudade
E com alguma maturidade
Que pude aceitar um dia
A tua partida


Os dias, as noites, as semanas
Os meses e por fim os anos
Permitiram a este coração
Aceitar o meu sofrimento
E que para ti poderia ser
A libertação de uma dor infinita
De um corpo combalido
De hemorragias internas

CA_Infinito fim

Mas ainda assim as partidas
Continuaram e ano após ano
Fui aprendendo que ter o prazer
De estar vivo, de respirar…
Tem um custo
Não digo que seja um preço muito elevado
Mas às vezes difícil de suportar
Ver os outros ir.


Estaria a ser injusta se dissesse
Que todas foram exactamente iguais
Apesar de amar todos
As vivências, o dar e receber
Foi diferente, o apego!


Hoje sou uma pessoa diferente
Ainda sou a sensível que chora
Mas também sou aquela que aceita
Que acredita até ao fim…
Mas o fim, não é no ultimo suspiro
O fim é quando precisamos partir
Quando precisamos sair deste mundo
Que já não é mais nosso


E apesar de não querer
Apesar de doer
Apesar de tudo
E em melodia de despedida
Agradeço todos os momentos
Que me proporcionaste
Os momentos que me aceitas-te
Os sorrisos e as lágrimas que me roubaste

Infinito fim_CA




25 de abril de 2016

Cadernos da Alma – Revolução dos Cravos

-------> 25 Abril 2016<-------
Claramente perdi a bússola
Que me levava a bom porto
Mas não perdi o norte.
Ainda sei o que quero ser
E onde quero chegar
Mas pareço Portugal
Que nem ata nem desata
Após a sua grande revolução dos cravos


28 de março de 2016

Cadernos da Alma – Era uma vez...

-------> 28 Março 2016<-------
Era uma vez...
Uma chuva que caia forte lá fora
Era uma vez...
Um sol escondido atrás das nuvens
Era uma vez...
Pessoas tristes sem razão
Era uma vez...
Pessoas felizes sem ela também
Era uma vez...
Pessoas sem valorizar o que tem
Era uma vez...
As que valorizam
Era uma vez...
Uma saúde de ferro
Que enferrujou sem tempo
Mas desse vez, não era uma vez!
CA-Era uma vez...

11 de dezembro de 2015

Cadernos da Alma - Cegueira


------->28 Setembro  2014<-------
E aquele suspiro que o meu coração liberta
É aquele sorriso forçado que lanço
Num eterno disfarço, fingindo estar tudo bem
Invisível para os cegos mais ainda para os “visuais”
Porque na realidade a cegueira é maior para nós
Estamos demasiado ocupados para conseguir enxergar
Nós apenas olhamos e realmente só vemos o que nos dá jeito.

CA-Cegueira

8 de novembro de 2015

Cadernos da Alma - Retirar

------->08 Novembro 2015<-------
Tem dia que ainda tenho saudades
Tenho saudades daquelas gargalhadas
Que apesar dos meus dias maus
Conseguias com pouco esforço me roubar
Ainda tenho saudades de quando recebia
De ti, o que melhor me podias dar
Há coisas que o dinheiro não consegue comprar
Mas na verdade, essa era uma falsa realidade
Tem dias que consigo duvidar e acho
Que também sentes saudades...


Mas só tu a podes tirar

CA-Retirar

3 de novembro de 2015

17 de setembro de 2015

Cadernos da Alma - Fim

------->15 Setembro 2015<-------
Os dias começam a ficar mais curtos
O fim da luz vem devagarinho
E a escuridão pede licença para entrar
O verão despede-se com dor no olhar
E o outono/inverno invadem este cantinho

Mas não é só o verão que chegou ao fim
A minha vontade de te ter na minha vida
A esperança de um dia poder perdoar-te
Chegou ao fim
Porque o tempo cura tudo, e eu quase
Quase me sinto curada.
Foi um ano de espera ansiosamente
Pela chegada de qualquer coisa, útil  
Na amizade que em ti cultivava
Pelos vistos o teu jardim era cheio
Cheio de espinhos, de rosas mortas

O verão todos os anos chega ao fim
Mas no próximo ano ele volta...

Fim_CA