11 de dezembro de 2015

Cadernos da Alma - Cegueira


------->28 Setembro  2014<-------
E aquele suspiro que o meu coração liberta
É aquele sorriso forçado que lanço
Num eterno disfarço, fingindo estar tudo bem
Invisível para os cegos mais ainda para os “visuais”
Porque na realidade a cegueira é maior para nós
Estamos demasiado ocupados para conseguir enxergar
Nós apenas olhamos e realmente só vemos o que nos dá jeito.

CA-Cegueira

8 de novembro de 2015

Cadernos da Alma - Retirar

------->08 Novembro 2015<-------
Tem dia que ainda tenho saudades
Tenho saudades daquelas gargalhadas
Que apesar dos meus dias maus
Conseguias com pouco esforço me roubar
Ainda tenho saudades de quando recebia
De ti, o que melhor me podias dar
Há coisas que o dinheiro não consegue comprar
Mas na verdade, essa era uma falsa realidade
Tem dias que consigo duvidar e acho
Que também sentes saudades...


Mas só tu a podes tirar

CA-Retirar

3 de novembro de 2015

17 de setembro de 2015

Cadernos da Alma - Fim

------->15 Setembro 2015<-------
Os dias começam a ficar mais curtos
O fim da luz vem devagarinho
E a escuridão pede licença para entrar
O verão despede-se com dor no olhar
E o outono/inverno invadem este cantinho

Mas não é só o verão que chegou ao fim
A minha vontade de te ter na minha vida
A esperança de um dia poder perdoar-te
Chegou ao fim
Porque o tempo cura tudo, e eu quase
Quase me sinto curada.
Foi um ano de espera ansiosamente
Pela chegada de qualquer coisa, útil  
Na amizade que em ti cultivava
Pelos vistos o teu jardim era cheio
Cheio de espinhos, de rosas mortas

O verão todos os anos chega ao fim
Mas no próximo ano ele volta...

Fim_CA

29 de julho de 2015

Cadernos da Alma - Verão


------->29 Julho 2015<-------
Queridos cadernos
Lamento informar que é verão
E que vou andar mais ausente
O sol brilha lá fora e o mar sorri
E eu decidi sorrir-lhe também
Se eventualmente perguntarem por mim
Diz que fui ali ser feliz, mas eu volto
Se quiserem deixem recado


Verão_CA

22 de julho de 2015

Cadernos da Alma - Virtualmente invisível


------->17 Julho 2015<-------
Foram muitas as horas investidas
Nestas folhas brancas
Nestes becos sem saída
Nestas ruas invertidas
Foram muitos cafés
Muitas conversas jogadas fora
Foram anos ocultos
Neste planeta
Virtualmente invisível

Virtualmente invisível_CA

16 de julho de 2015

Cadernos da Alma - Nas ondas do meu caderno

------->15 Julho 2015<-------
A areia aqui esta quente
E as ondas entrelaçadas
Salpicam-me devagarinho
Num desabafo sem fim
Elas são tresloucadas
Mas elas são felizes
Assim como eu
Elas são revoltas
Mesmo, iguais
Esta é a empatia que criamos
Amigas desde sempre
Respeitando -se mutuamente
 
Nas ondas do meu caderno-CA

7 de julho de 2015

Cadernos da Alma - Chuva de Palavras


------->29 Junho 2015<-------
Deixei a janela aberta
O tempo está abafado
E sufoca-me a alma
Já não chovia palavras
Nestes cadernos há um mês
São momentos ocupados
Em que senti saudades
Saudades de desabafos sem fim
De mim para mim
Mas hoje eu voltei
Para que eles saibam
Que não os abandonei



CA_Chuva de Palavras

26 de junho de 2015

Cadernos da Alma - Locomotiva



------->6 Fevereiro 2015<-------
O inverno chegou e mesmo devagar
Está a passar tão depressa
O frio congelou a minha alma
E quase não tenho tempo para escrever.
Talvez por andar perdida por aí
Ando distraída mas não perdi o foco
E aquela locomotiva velha
Continua a levar me mesmo que devagar
Ao caminho certo
São carris enferrujados
Mas são mais seguros
Com mais natureza
E com algum ar puro
São viagens curtas
Em caminhos distantes
São um misto de saudade
De nostalgia, de um amor infinito
Neste coração que pertence à família





Locomotiva_CA

2 de junho de 2015

Cadernos da Alma - Mendigar

------->29 Maio 2015<-------
Não foi culpa das tardes de inverno
Nem das noites em que adormecia sozinha
A culpa não foi tua, foi unicamente minha
Minha culpa é mendigar
Só já na tenra idade dos quase 29
Percebi que jamais se deve mendigar
Muito menos amor
Percebi que quando existe amor
De ambas as partes as coisas fluem
Que não precisamos insistir
Assim também é na amizade
Nada se força, está lá só quem quer estar
E assim consegui perceber que
Quem me quer não me abandona
Quem me quer fica
Quem me quer, me cuida
E permite ser cuidado
Agora resta me esperar
Pelo total desapego

E fui ali mendigar me de mim

Mendigar-CA

28 de maio de 2015

Cadernos da Alma - Avião da Saudade

------->28 Maio 2015<-------  
O avião não espera por ti.
Chegaste atrasado
Perdeste-o
E agora tens medo
Tens saudade mas não assumes
És orgulhoso demais
Não sei se mereces um segundo voo
Mas se não fosse esse teu orgulho...
Podias agarra-lo já
E enquanto perdes as oportunidades
Ele sobrevoa me a alma.


CA - Avião da Saudade

26 de abril de 2015

Cadernos da Alma - Castelo da alma

Meu corpo é o meu castelo
Onde a pele guarda os restantes órgãos
As  veias são os canhões
Expelido o sangue para o coração.

A alma é a minha princesa se tornando rainha

CA-Castelos da Alma

20 de abril de 2015

Cadernos da Alma - Poucos mas bons

------->20 Abril 2015<-------
São imensas as linhas
Que já foram preenchidas
Nas folhas brancas dos meus cadernos
Onde o meu lado mais sombrio se sobressaí
Mas não é premeditado, juro que não é.
Estar rodeada de amigos e família
Preenchem essa escuridão
Que me costuma atormentar a alma
Nem sempre é possível
Os amigos apaziguarem
As nossas dores…
Por isso eu escrevo
E quando eu escrevo
Eu estou comigo mesma
Liberto o que mais me martiriza
Mas sou grata daqueles momentos
Que posso compartilhar com aqueles
Que mais me querem bem

São poucos mas bons

CA-Poucos Mas Bons


11 de abril de 2015

Cadernos da Alma - Vida Injusta


------->10 Abril 2015<-------
A vida pode ser injusta
Mas essa injustiça tem sempre um proposito
Eu não sabia, mas os anos ensinaram-me isso
Obrigada vida injusta por me abrires os olhos
Assim pude aprender que toda a dor que me proporcionas
Tem um significado, as repetições de várias coisas
São para me tornar mais forte, mais adulta, mais madura
Madura o suficiente para saber que as pessoas vem e vão
E que nós não somos eternos, a morte é um bom exemplo disso
Mas existem outros, outros tão válidos quanto a morte
Mas continuamos demasiado egoístas
Desperdiçando algumas oportunidades

Apesar desta vida injusta nos oferecer
Tantas provas de amor...
Estamos demasiado cegos!



Ca-Vida Injusta