------->4 Maio 2008<-------
O perigo espreita a tua janela a cada hora que passa
Sem sentires estás a ser observado pela mais estranha criatura.
Vento frio encobre as tuas palavras
As palavras que descrevem as tuas duas faces
Cada dia, cada análise de ti.
A gota de sangue retirada
Dá-nos cada milímetro daquilo
Que te tornaste.
Ou daquilo que encobriste ser.
Ser esquisito, incomodado
Atrais o meu lado mais sombrio
Onde a raiva e o ódio ganham terreno.
Fecho os olhos e tenho pena de te ter visto
Aquela primeira vez.
Dói cada invasão de espaço
Dói cada peça que me retiraste
Do xadrez da vida.
Vida curta e no entanto muito comprida
Vida estranha e dolorosa.
Acha-me esquisita, doida, aquilo que quiseres
Afinal de contas nada disso interessa
Para o xeque-mate final.
E no fim…
Não passas daquela peça fundamental
No desfecho da jogada