20 de março de 2015

Cadernos da Alma - Sombra

------->10 Março 2015<-------
Mais vale morrer sozinho
Do que viver na sombra
Mesmo na sombra daqueles
Que são nossos

CA-Sombra

17 de março de 2015

Cadernos da Alma - Xeque-mate

------->4 Maio 2008<-------
O perigo espreita a tua janela a cada hora que passa
Sem sentires estás a ser observado pela mais estranha criatura.
Vento frio encobre as tuas palavras
As palavras que descrevem as tuas duas faces
Cada dia, cada análise de ti.
A gota de sangue retirada
Dá-nos cada milímetro daquilo
Que te tornaste.
Ou daquilo que encobriste ser.
Ser esquisito, incomodado
Atrais o meu lado mais sombrio
Onde a raiva e o ódio ganham terreno.
Fecho os olhos e tenho pena de te ter visto
Aquela primeira vez.
Dói cada invasão de espaço
Dói cada peça que me retiraste
Do xadrez da vida.
Vida curta e no entanto muito comprida
Vida estranha e dolorosa.
Acha-me esquisita, doida, aquilo que quiseres
Afinal de contas nada disso interessa
Para o xeque-mate final.
E no fim…
Não passas daquela peça fundamental
No desfecho da jogada

CA-Xeque-mate

13 de março de 2015

Cadernos da Alma - Espinhos



------->13 Março 2014<-------
São espinhos estes
Cravados no meu peito
Aquela saudade
Do que não aconteceu
Do que ficou por ser dito
Do que ficou por ser vivido
Mas assim tem de continuar
Para todo o sempre
Esta angustiosa saudade
Mais um ano, mais um número
Nove primaveras incompletas

Espinhos-CA