25 de março de 2014

Cadernos da Alma - Luto

------->24 Março 2014<-------
A tua ausência ainda é uma irrealidade
E a negação persista no meu coração
A despedida não é fácil, e haveria sempre mais para fazer
Mais para dizer, mais beijos para dar e claro abraços não poderiam faltar.
Sempre tive medo de que esse dia chegasse
E nunca quis que partisses e me deixasses aqui.
É justo quando dizem “que descanses em paz”
Mas é injusto não viver em paz…
Estavas cansada e deixaste bem claro na nossa despedida
Foram palavras duras de se ouvir, naquela angústia.
Com o tempo, com o luto, e com todo este processo irei viver com isso
E o último momento irá ser abafado pelos nossos momentos bons
Iremos ser felizes e em pleno no dia que nos reencontrarmos
E mesmo que sintas que o amor que te dei não foi o suficiente
Posso-te dizer que estás redondamente enganada
Porque eu amo-te para sempre.

21 de março de 2014

Cadernos da Alma - Desequilíbrio

------->21 Março 2014<-------

Todos os dias é o dia de alguma coisa.
O dia da Mãe, do Pai, da Mulher, da Árvore,
Dia do Carnaval, dia de Páscoa e também do Natal.

E todos repetimos, todos os anos...
"-Natal para mim é todos os dias".

Somos tão mentirosos. (E sim, eu também sou!)

Tanto para o bem, como para o mal
Só nos lembramos de certas coisas nos dias.
Nós, seres Humanos criamos tudo isto
É precisamente manipulação e auto mutilação

Castiga-mo-nos a nós mesmos por nos termos esquecido
Do aniversário do pai, da mãe e do periquito (mas eu tenho é gatos)
Contamos os dias, as semanas e os meses que passaram 
E depois passamos a contar os anos...
De alguém que nasceu ou partiu
E ficamos tristes (eu fico, quando partem claro). 
Quando o dia que faz um, dois, ou  três anos...por aí adiante 
Se me lembro fico triste e se não me lembro triste fico.

Somos viciados nessas datas quer seja para o positivo como para o negativo

Mas será esse o propósito?
Manter o equilíbrio nesta vida desequilibrada. 

Quando comecei a escrever...

Estava a fazer um rascunho de um bocado que vai morrendo dentro de mim. E sinto-me totalmente desequilibrada neste forte equilíbrio.   


13 de março de 2014

Cadernos da Alma – Sem Cura 8

------->13 Março 2014<-------
Sim, eu vivo presa ao passado…
Eu sou deprimida assumida.
Um dia ouvi que assumir
É o primeiro passo para a cura…
Adoro números entrelaçados
Embaraçados e diferentes
Adoro os números que me perseguem
Odeio perder coisas, pessoas, etc
Mas os que passam na minha vida
(Alguns)
Embora distantes, estarão sempre
No meu coração e pensamento.
Hoje tive medo…tive pressentimento ruim
Sonhei acordada que a viriam buscar...
Que depois das visitas, irias desfalecer
Que me irias abandonar
E mais um número, dois ou três
Hoje é um dia de numerologia pesada
Já consigo contar 8, ocupando quase duas mão cheias
E hoje, a revolta acalmou e a aceitação dissipou
Mas a saudade, nem o tempo cura.

E o que nos separa é o AR.