29 de julho de 2013

Cadernos da Alma – Mar Salgado

------->28 Novembro 2011<-------

Oh mar salgado que me matas de angustia
Quando de mim estás distante
Quando em mim estás tão perto
Doí a cada onda a sucumbir nas rochas
Que em mim navegam
Sinto-te em mim e devagar me arruínas
E no dia que nasci para sempre em mim ficas-te gravado
De água provenho e do teu branco salgado que em mim permanece
Para sempre meu eterno amigo, conselheiro
A quem todos devem respeito

16 de julho de 2013

Cadernos da Alma - Cheiros, essências, cristais!

------->17 Julho 2013<-------
Cheiros, essências, cristais
Dormindo no teu colo
Sinto-me protegida
Por vezes aconchegada
Por vezes perdida.
Mas ao sair debaixo da tua asa
Os cheiros as essências e os cristais
Mudam. De facto mudam.
Passados alguns dias os aromas alteram
Criamos um espaço nosso, onde nos identificamos
E sem nos apercebermos o aromatizamos
Nem sempre o cheiro é suportável
A junção dos corpos das energias
Nem sempre criam químicas compatíveis
Uma só química, um só cheiro
Uma só pessoa
Se o aroma não for bom
O problema não são os outros
O problema és tu.

Cadernos da Alma

13 de julho de 2013

Caderno da Alma - Cristalino

------->4 Novembro 2012<-------

Cadernos angustiados, abandonados, criticados.
Saudades caladas, corações  de pedra
Chove-te em cima, o vento leva-te as pétalas
E o meu número inscrito na tua lápide
Fazem rumores na minha mente
E o esquecimento é a palavra
Que só fará parte de mim
No dia da minha morte
Ou então da velhice acompanhada de drogas
Que não esteja ao meu alcance.
A saudade é um caminho difícil de percorrer
Uma escritura difícil de apagar
Guardo-te no coração e demonstro-te no meu corpo
E os olhos de cristal podem não verter água
Mas o coração sangra de saudade.

6 de julho de 2013

Cadernos da Alma - E arrepio-me…

-------> 11 Abril 2006<-------

E arrepio-me…
Sim arrepio me quando vejo a tua imagem
Quando penso que nada disto poderia ter te acontecido
A ti não…
Mas a verdade injusta que permanece
E me quer abrir os olhos
Para ver este pesadelo
Sim é um pesadelo, pensar que partis-te
E nós ficamos sofrendo a tua ausência
Tudo é motivo para te relembrar
E arrepio-me…
Quando vejo tudo na minha mente
Do que passamos juntas
Queria poder viver
Muitas mais coisas contigo
E arrepio-me…
Muito, quando vejo que foste mesmo embora.
Mirts®


E fico triste quando acordo e vejo que não foi um pesadelo e é uma realidade

Arrepio-me…


Cadernos da Alma