13 de outubro de 2013

Cadernos da Alma - Xeque-mate

------->4 Maio 2008<-------

O perigo espreita a tua janela a cada hora que passa
 Sem sentires estás a ser observado pela mais estranha criatura.

Vento frio encobre as tuas palavras
As palavras que descrevem as tuas duas faces
Cada dia, cada análise de ti.
A gota de sangue retirada
Dá-nos cada milímetro daquilo
Que te tornaste.
Ou daquilo que encobriste ser.
Ser esquisito, incomodado

Atrais o meu lado mais sombrio
Onde a raiva e o ódio ganham terreno.
Fecho os olhos e tenho pena de te ter visto
Aquela primeira vez.

Dói cada invasão de espaço
Dói cada peça que me retiraste
Do xadrez da vida.

Vida curta e no entanto muito comprida
Vida estranha e dolorosa.
Acha-me esquisita, doida, aquilo que quiseres
Afinal de contas nada disso interessa
Para o xeque-mate final.

E no fim…

Não passas daquela peça fundamental
No desfecho da jogada

 Mirts

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